Foi no programa "Conta-me tudo" do Canal Q que Joana Latino revelou algo até agora desconhecido do grande público. O programa apresentado por David Cristina carateriza-se por cada participante, em frente a uma plateia, contar uma história verdadeira da sua vida pessoal.
Joana Latino decidiu partilhar o episódio do assassinato do seu pai. Em 2010, o pai da jornalista foi baleado por outro homem que, segundo ela, «não aceitou que a mulher tivesse outra vida sem ele».
A comentadora do Passadeira Vermelha recordou o fatídico dia:
«O meu pai estava num restaurante com uma amiga, entrou um senhor com uma caçadeira que disse que a ia matar (...) e o meu pai (...) pôs-se à frente e quem acabou por levar um tiro de caçadeira à queima roupa foi ele»
A jornalista foi constituída assistente do processo e, por isso, terá assistido ao julgamento e aos relatos de tudo o que aconteceu no dia da morte do seu pai.
Joana diz que, de dia para dia, foi encarando o assassino do seu pai de forma diferente.
«De alguma forma eu fui permitindo que aquela pessoa deixasse de ser dentro da minha cabeça aquele monumental demónio e fiquei a perceber que aquele era só um homem (...). Depois vi a filha dele (...) e pensei: "Caramba (...) uma miúda condenada para toda a eternidade a ser a filha de um assassino.
Baseada naquela vivência, a jornalista criticou não só a GNR como os Tribunais embora assuma já não estar chateada como eles:
«Os Tribunais são tão estúpidos que houve um dia, numa sessão de julgamento, que saí para fumar (...) e assim que acendo o cigarro vejo uns pés (...) e percebi logo: o assino do meu pai está a fumar no mesmo sítio que eu»
Foi através deste episódio que Joana afirma ter percebido que o assassino do seu pai é apenas «um homem» e que o seu pai é «um herói».
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